Qual Profissão Escolher?

sábado, fevereiro 13, 2016

Mais um ano letivo começando. Não tem jeito, ninguém escapa das dúvidas. Todos nós, em algum momento (mesmo seguindo a intuição e o lado vocacional) quebramos a cabeça. São muitas questões quando o assunto é profissão. O chamado tem sim sua hora certa. Seu momento ''start''. O importante é seguir o coração e lembrar sempre que a pressa é a maior inimiga. Mais um post sobre profissão, onde nossos amigos e conhecidos tem espaço pra contar cada passo sobre trabalho e dom. E se você quiser compartilhar sua experiência profissional conosco, entre em contato. O espaço é todo seu. Confira os relatos de hoje.




 Bruno Vallim - Músico

''Como foi o começo: difícil como todas as profissões, com aquele agravante de não rolar muito incentivo familiar, por ser música, "não dar dinheiro", tirando o meu pai que sempre incentivou. Quando descobri: Quando comecei a fazer aula e não queria mais largar a guitarra. Na mesma época conheci pessoas que viviam de música e gostei da profissão. Como foi ter as primeiras bandas: foi ótimo, apesar de serem bandas amadoras, para pegar experiência e conhecer um pouco mais o meio musical, suas dificuldades e coisas boas. Como é trabalhar hoje com música: É ótimo fazer o que gosta e o que escolheu como profissão. Tem lá suas dificuldades por conta de ainda ser uma profissão discriminada no Brasil, e tem que trabalhar bastante para dar certo mas vale a pena! Conselho: é clichê mas sempre vale...Tentar ao máximo trabalhar com o que gosta, superando todas as dificuldades do percurso porque vale a pena...''





 Rafael Martini - Designer Gráfico

''Eu acho que todas as pessoas que trabalham com artes gráficas começaram se interessando desde criança por formas, desenhos, e é facilmente atraída por qualquer coisa que tenha uma embalagem chamativa. Comigo não foi diferente. Mas até a popularização do computador pessoal, celulares, tablets, o que havia para uma criança com 2 ou 3 anos não era mais que um papel e um lápis. Eu me lembro de rabiscar entre tantos blocos de desenho que já gastei, tipografias de tudo quanto era jeito. Escrevia meu nome em texturas metálicas, madeira, rocha, eletricidade, com direito a profundidade, sombreamentos, brilhos, reflexos. Eu sempre tive um fascínio por tipografias. O interesse artes e desenho sempre existiu dentro de mim. E para quem duvida de que conhecimentos possam ser trazido de vidas passadas, vai aqui um pequeno causo sem muita explicação: Eu tinha 3 ou 4 anos de idade quando ia para uma escolinha de inglês com meu irmão mais velho. Numa das aulas a professora havia desenhado algumas figuras para eu dizer o nome delas em inglês. Uma delas estava simplesmente indistinguível pra mim. Parecia um foguete, mas estava estranho, quando eu desisti ela me revelou se tratar de uma cadeira. Eu olhei bem pra ela e ficamos em silêncio por uns instantes. Pedi permissão para pegar o lápis e desenhei bem na frente dela uma cadeira de madeira em perspectiva isométrica e sombreado. "Isso é uma cadeira!"... ela ficou me olhando boquiaberta. Eu me recordo disso hoje e penso que a arte sempre me acompanhou. Então não sei exatamente como eu faço oque eu faço, mas amo incondicionalmente. Dos desenhos para o computador foi um salto que surgiu naturalmente. Então comecei brincando com programas semelhantes ao photoshop fazendo montagens toscas mas divertidas, para alegrar os amigos. A tipografia ainda me fascinava muito e uma vez uma grande amiga, que havia comprado um barzinho na zona sul chamado Brazuka me pagou para criar um logotipo para ela. Achei um desafio pois eu não dominava bem as ferramentas e nem tão pouco a relação profissional/cliente... o resultado foi catastrófico aos meus olhos hoje em dia. Mas ela ficou contente, e me pagou conforme o combinado. Com o passar dos anos minha experiência nos programas foram aumentando até ser contratado como produtor de eventos em uma agência de comunicação integrada chamada Netza. Lá eu tive meu primeiro contato com um designer gráfico de verdade. Eu ficava encantado com as peças de comunicação que ele criava, e parecia que só eu naquela agência toda reconhecia o trabalho do cara. Ele é realmente fantástico. Essa foi a primeira vez que me despertou o desejo de "ser aquilo e fazer aquelas coisas!". Algum tempo depois trabalhei em uma empresa de comunicação visual, Astros Luminosos, onde me era exigido a criação de muitas fotomontagens para projetos do Bradesco, Laboratório Fleury, Hyundai entre outras grandes marcas. Só então os freelances começaram. Desenvolvi toda a comunicação visual de pequenos empreendimentos, mas os fiz com muito carinho e esmero. Quem quer começar na área possui duas alternativas: Fazer cursos e se especializar ou aprender por conta própria. Algumas empresas ao contratar pedem formação acadêmica, mas não é via de regra. Um portfólio bem montado é o que dirá se você é ou não um profissional bem capacitado. O outro caminho é aprender tudo por conta própria. Atualmente, com a difusão de informações que há na internet, não vale mais como pretexto não aprender algo por que não teve dinheiro para fazer um curso. Você só precisa de disciplina. Eu vejo a importância da comunicação visual como algo tão fundamental para passar informações e conhecimentos tanto quanto a escrita. Aliás, a comunicação visual começou muito antes mesmo dos homens das cavernas e seus desenhos de animais. A própria natureza em si deixa claro suas intenções com cores e formas. Uma flor é linda e perfumada para atrair insetos e polinizar os campos, expandindo cada vez mais o alcance da vida em regiões inóspitas. Insetos esses como as abelhas que possuem listras amarelas e pretas em sinal de alerta. Bem como o pavão que exibe suas exuberantes penugens para atraírem as fêmeas e se acasalarem. Não vamos longe: Sabemos que nossa sociedade privilegia os mais belos. Qual é a comunicação visual por trás da estética humana? Deixo aqui essa pergunta para pensarem, enquanto volto ao trabalho.''






Anguair Gomes Santos -  Pedagogo/ Especialista em educação Especial/Escritor/ Dramaturgo /Ator em formação/ Poeta/Palestrante/ Ministrante de curso na área Social e Educacional

Quando você descobriu que queria ser professor de Educação Especial? Desde adolescente escrevia textos teatrais abordando questões sociais. Fui convidado para fazer uma apresentação na escola Henrique Oswald em São Vicente-SP. Houve uma apresentação de alguns alunos com surdez, que ao término agradeceu a professora. Emocionei-me e desistir de prestar vestibular para Direito. Fui fazer Pedagogia do “Excepcional” (termo usado na época) sem saber o que era. Quando me formei percebi o quanto o teatro podia contribuir com a formação acadêmica dos meus alunos das classes especiais. Os resultados foram excelentes. Lecionei muito anos para os alunos que faziam o Magistério. Consegui contribuir com as minhas experiências na classe especial e também o meu ativismo na cultura por meio do teatro apoiado em Augusto Boal. Como é trabalhar com pessoas com deficiência? Essa diversidade de pessoas com deficiência me fez descobrir muito mais dos que os cinco sentidos preconizados. Uma pessoa com surdez, por exemplo, faz a leitura do mundo de uma maneira fantástica e fala com as mãos. Uma pessoa com cegueira nos ensina enxergar além dos olhos. O autista nos mostra um mundo interior muito belo e a pessoa com deficiência intelectual nos mostra outra maneira ver o tempo/aprendizagem. Montamos muitas cenas teatrais, e lembro que dois jovens que eram cegos interpretaram personagens que enxergavam. Foi fantástico o exercício de marcação de olharem um para o outro. Que conselho você daria para quem quer seguir a profissão? Acredito como afirmou o Papa João Paulo II, que a primeira tarefa da Cultura é a Educação. Entendo cultura como sinônimo de alma e esta necessita ser estruturada pelos fatores: histórico, linguístico e psicológico. É o exercício de uma Pedagogia dialética tendo como o recurso didático o amor pelo outro, pelo cuidar da natureza e respeito as diferenças. Quando você descobriu o teatro e que queria ser ator? Aos meus doze anos escrevi o meu primeiro texto para apresentar na formatura do primário. Usamos os fantoches da escola e fomos muito bem recebidos. Após a formatura fui para um colégio interno. Lá conheci outro garoto que também irreverente. Um dia fingimos que estávamos bêbados. Enganamos os inspetores e diretores. No dia seguinte fomos conduzidos para os técnicos da escola: Psicólogo e Assistente Social. Demos muita risada de tudo aquilo e começamos a montar pequenas cenas. 
Anguair tem um blog falando de suas obras. Confira no link abaixo:
http://zabelinhahistoriasquevovocontava.blogspot.com.br


Gabriel Marra - Publicitário

Olá! Tudo bem com você? Sempre que me pedem para escrever um texto falando um pouco sobre mim ou sobre qualquer coisa que seja uma extensão minha, como é o caso da minha profissão, eu levo horas para pensar nas coisas que eu quero dizer e colocá-las no papel. Só que dessa vez é bem diferente... O meu prazo é curtíssimo e você, que está lendo esse texto, não imagina o quanto eu corri para conversarmos um pouco e trocarmos uma ideia bacana sobre Publicidade e Propaganda. Aliás, se você pretende seguir essa carreira no futuro, prepare-se para (quase) sempre lidar com prazos apertados nessa profissão que, de certa maneira, move o mundo. Eu comecei a cursar Publicidade com 17 anos, em 2012. O que me torna um velho de 21. Escolhi aos 15, quando me encantei pelo curso numa dessas feiras que todos os alunos de ensino médio costumam ir. Mas não pense você que foi uma decisão fácil, assim como escolher entre água sem gás e com gás. A faculdade acabou e eu posso afirmar que não poderia ter escolhido outro curso. Esse processo de identificação é assustador, né? É muito bom quando você se identifica com algo e pode se aprofundar naquilo, sabendo que você poderá trabalhar para o resto da sua existência com o que você escolheu. Uma loucura! Sou apaixonado pelo o que eu faço.Você pode ter achado a transição textual entre o início da minha faculdade e o fim muito rápido. Mas pra mim também foi assim. Quatro anos se passaram tão depressa quanto a estreia do último filme de Harry Potter. Nem vi o tempo passar! Acredite no potencial de uma faculdade como formadora de um profissional. Teoria é sim extremamente importante. Quando aliada à prática, melhor ainda. Falando em prática, o mercado da Publicidade é extremamente vasto. Você poderá trabalhar em agências de propaganda, em produtoras audiovisuais, em departamentos de marketing, enfim... O leque é realmente gigante. Mas para que esse texto deixe de ser tão genérico, falarei um pouquinho mais sobre a carreira que eu pretendo seguir (e que talvez possa ser a sua opção também): a de redator publicitário. Quando se trabalha dentro de uma agência, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, sempre existirão os criativos, que são aqueles publicitários responsáveis pela criação da campanha publicitária (tanto pela parte textual quanto pela não textual). O setor da criação é dividido em duplas, compostas por um redator e um diretor de arte. Juntos são designados para diferentes jobs (demandas), onde precisarão encontrar uma solução para determinados problemas ou alcançar determinados objetivos através da comunicação. O redator tem a função de “criar com as palavras”, sendo responsável por todo o texto da peça ou da campanha. Finalizando, se eu pudesse dar uma dica valiosa para você que pretende ser publicitário e ama o universo da comunicação, essa dica seria: leia muito. Leia tudo. O seu insight pode vir de qualquer lugar, a qualquer momento. A inspiração vem da informação. Boa sorte!


Théo - Músico e Publicitário 

É sempre difícil falar sobre algo tão natural para mim. Racionalizar uma emoção nos faz tropeçar nas palavras até toparmos com alguma que chegue perto de traduzir nossos sentimentos. Pois bem, como identificar o exato momento em que percebi o dom da música em mim? Crescer em um ambiente musical facilitou muito as coisas. Mamãe sempre cantarolava suas músicas preferidas com uma voz afinadíssima, muitas vezes acompanhando, sem perceber, a trilha sonora das novelas que assistia. Papai e seu violão eram a trilha sonora dos fins de tarde, além de garantir a emoção e animação nos encontros de família e festas de amigos. Embora seu reportório (e também seus LPs) apresentasse ótima qualidade e extremo bom gosto, o que mais marcou foi crescer ouvindo as composições de sua própria autoria. Aos 12 anos o sonho de criança, ser um baterista, se tornou real. Inegável a sensação de prazer ao iniciar os estudos do instrumento. Mas foi ao tomar posse do violão, e começar a balbuciar minhas primeiras canções, que me dei conta da música em mim. Com o passar dos anos deixei para trás o romantismo “teen” das primeiras composições e dei-me conta do poder transformador e social da música. Tive certeza do caminho a seguir! Músico por paixão e publicitário por vocação, a música foi minha segunda opção como meio de vida por muito tempo. Investindo na carreira de publicitário, deixava a música em segundo plano, até perceber que também deixava de lado minha felicidade. A guinada se deu em 2013, quando lancei o EP “Dias de Paz”, meu primeiro trabalho autoral. Larguei o trabalho formal como publicitário e passei a me dedicar, quase que integralmente, à música. Não demorou muito para perceber a enrascada na qual entrava. Mesmo sem muita pretensão, apenas objetivando viver dignamente da minha arte, tenho encontrado muitos obstáculos para estabelecer certa estabilidade financeira. Mas é possível! Há vários caminhos possíveis nessa profissão, e a escolha por qual deles seguir depende muito dos seus valores e do quanto tem disponível ($) para investir. Posso falar com mais propriedade do caminho que escolhi para mim: ser um artista independente que faz da sua arte uma ferramenta de transformação social e cultural. A formação de público é essencial, e as redes sociais estão aí para nos ajudar, mas esse é um processo lento. Os editais públicos e privados possibilitam o financiamento da sua produção artística inicial e também podem render algum dinheiro. Apesar de todas as dificuldades, é uma enorme alegria trabalhar com o que se ama. É puramente por amor que estou nessa. Nada mais! E se o retorno financeiro é estimado para médio e longo prazo, o prazer e felicidade são diários. Tenho vivido intensamente o que canto e proponho como arte que transforma e conscientiza. Não esperem de mim conselhos práticos e racionais, essa caminhada é muito pessoal. Há um caminho para cada um, não existe fórmula que eu possa revelar. Não sou músico de formação, aquela pessoa que dedicou horas a fio no estudo de um instrumento e teoria musical. O meu negócio são as palavras, promover a reflexão e conscientização através dos valores e essência que pulsam em mim. “Você canta com a alma”, já ouvi muito isso. Ouvir o que diz o coração é um bom conselho para que suas escolhas reflitam seus verdadeiros valores e essência, aproximando você da verdadeira felicidade. Pessoas felizes refletem felicidade! E com certeza esse é o caminho para um mundo melhor. Sensível e bom ouvinte, sempre estive atento ao que dizia meu coração. E por mais doloroso que tenha sido o caminho que ele me levou a trilhar, me preparou para, enfim, buscar viver intensamente o sonho de uma vida. Sobre: Théo é músico por paixão e publicitário por vocação, formado na Faculdade Cásper Líbero (SP). Enquanto a música não garante o seu sustento, atua como freela na produção de conteúdo, planejamento e consultoria de marketing. Diariamente mostra que a sensibilidade e o amor podem, e devem estar presentes em nossas vidas. Sua habilidade com as palavras, e o tato em compreender o que se passa com as pessoas, reflete sobre o conteúdo que produz nas redes.
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 Yuri Granata - Advogado

Meu nome é Yuri Granata Delalibera, tenho 26 anos, sou graduado em Direito pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, desde 2013, e atualmente atuo na área trabalhista e faço alguns casos na área de família, mas meu foco sempre se direcionou para os concursos públicos. Descobri que queria me tornar um advogado aos 13 anos de idade, na época, minha influência para isto foi o Axl Rose, mas, também tenho uma tia que é advogada graduada pelo Mackenzie em 1972, que, quando comentei com ela, esta me incentivou muito a seguir na área e atualmente, eu ajudo ela em seu escritório. Algo que posso falar com muito orgulho, é que meus pais nunca me obrigaram ou a minha irmã a nos direcionar a alguma faculdade que era do interesse deles, pelo contrário, agradeço muito a eles por terem nos dado o livre-arbítrio de escolhermos o que queríamos fazer, porém, eles sempre foram os principais incentivadores de nossos estudos. Talvez a vivência com a faculdade e com a área prática, fizeram-me optar por não ser um advogado, mas sim, um ''concurseiro'' e isto adapta-se mais ao meu perfil. Muitas pessoas vão se surpreender com o que eu vou dizer, mas, é possível atuar na área jurídica sem ter a OAB, afinal, o servidor público torna-se um cargo incompatível com a advocacia (coisa que muitos não sabem). Falando na OAB, para nos tornarmos advogados é necessária a aprovação nesta prova, porém, é algo que acredito que deveria existir em outros cursos, em especial, em Medicina, afinal, existem inúmeros médicos negligentes. No entanto, acreditar que a qualificação profissional do indivíduo depende de uma prova específica é uma tolice, pois, há inúmeros advogados com OAB que sabem menos do que muitos estagiários, mas, algo que é ruim nesta profissão é o excesso de soberba e quando se trata em grau de hierarquia, o “título” fala mais alto. Outro fator negativo que posso citar, é a morosidade da justiça em resolver os casos, certa vez, ouvi de um advogado no Fórum João Mendes a seguinte frase: “O Direito no Brasil é lento, por conta destas vestimentas, estamos em um país tropical, usando roupa de inglês do Século XIX”, de certa forma, o que este advogado disse, faz todo o sentido, porque, apesar da necessária formalidade, há um excesso de burocracia. O que me encanta, é quando é feita a justiça quando é prolatada uma sentença (decisão de 1ª instância) ou um acórdão (decisão de 2ª instância) e o fático torna-se real. Uma dica que dou para quem está cursando ou está atuando na área é nunca parar de estudar, pois, todos os dias temos novidades jurisprudenciais e alterações de Súmulas ou decisões mais antigas, o que enriquece esta área.

 DREAMS DON'T WORK UNLESS YOU DO

O importante é fazer o que ama e superar todos os obstáculos. Encarar os desafios com muita coragem e lembrar que tudo dá certo. Chega no momento que precisa chegar. O chamado tarda, mas não falha. Pode confiar. Paciência a todos nós e até a próxima.

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